domingo, 23 de novembro de 2014

Casamento

Me recordo de outra vida, uma grande catedral, linda, ampla e clara, toda iluminada, decorada com panos brancos e rosas brancas..Senti o cheiro daquele lugar, perfume tão delicado quanto as rosas que pareciam seda pura.
Quando abriu a porta para o Senhor, eis que em vez de música havia o silêncio, silêncio que tocava nos ouvidos de todos ali. No silêncio todos dançavam com o olhar para brindar o amor puro que esperava ali na frente à mim. Como se depois de tanto sacrifício e sofrimento, lutas e desencontros ali nos encontrávamos. Eu andava pelo longo tapete vermelho, para ir de encontro com ele. Senti meu coração pulsar, como se fosse real, como se o momento que ali vivia era vivido novamente Lágrimas escorriam, não se continham e não se contiveram aqui também. Eis que não consegui ver quem era aquele que me fazia vibrar.Sei que estive ali, em algum tempo além daqui e quando as cortinas da ilusão se abrirem talvez chegue descubra quem é você..












Aline Barcelos

Quero ser telescpectadora de mim mesma
quero olhar de fora aquilo que me corrói por dentro,
Saber quem sou e por que estou aqui e muitas vezes tão distante de mim.
quero me olhar de longe, observar meus atos e meus pensamentos, por que, não?
Saber quem em sou nessa poeira levantada, de perto não enxergo nada.
Com passos distantes, observarei minhas sombras, minhas atitudes, minhas palavras sem razão..
Quero ver realmente que eu sou pelos meus próprios olhos, de formas diferentes, lugares diferentes..
Não quero ser só quem vive isso, de forma eloquente, no papel de atriz principal De frente para plateia é muito cansativo. Talvez, vendo de fora seja mais fácil comandar esse espetáculo, dar palpites, fazer críticas e aplaudir de pé. Quero me ver dançar de forma leve depois de tantas expectativas, e viver conforme a música que eu escolhi e que a vida tocou.

Aline Barcelos


 

domingo, 16 de novembro de 2014

Nada quer sair daqui, tento palavras rimadas, nada quer sair.
As palavras não querem ser, não querem dizer, não querem dar nenhuma explicação.
Quero deixar o destino seguir, meus passos continuar, minha vida ser sem ter de dar explicação..
Eu quero viver o sol, sorriso, amizade, o amor..
Engaiolada, vendo a vida passar pela janela, não mais.
viva a vida, leveza sim!
Saiu?
Aline Barcelos

sexta-feira, 26 de setembro de 2014

Raízes


Na verdade nem o tempo, nem o crescimento as desfaz.
São os laços dentro de mim, que expandem, buscam o fundo, a força, o alimento, a cura na terra escura.

Raízes me traz alimento de um lugar além das minhas certezas, razões e crendices.
Raízes vivas, levam a seiva do escuro para o infinito de mim.
Raízes que são meus pés a pé, raízes que são os ensinamentos dos meus pais, a base de amor, meu fechar os olhos, minhas estrelas, meu tesouro, que nenhuma carne consegue ser.


Aline Barcelos

terça-feira, 9 de setembro de 2014

Como é a vida?
Perdi a graça em muitas coisas e a achei a beleza em tantas outras..


Aline Barcelos




Semear


Sonhar aquilo que o coração tem sobrando,
semear os sorrisos,
os amigos,
os amores,
a liberdade...

Semear na montanha o voo de um pássaro,
voos rasos e altos,
com os planos de distâncias
e voltas para o ninho.

Semear nas águas de um riacho,
brilho de luz,
brilho de alma,
brilho de calma..

Semear a janela aberta,
Com brilho de sol pela manhã,
de pés pro alto,
assobios de bem-ti-vi..

Semear o vento,
brisa no rosto,
no corpo,
no tempo quente..

Semear os olhos fechados,
no espaço,
luz de vela,
fogo brando...

Semear o frio que me guarda,
que fecha,
me aquece nas lareiras do dormir...

Semear as conchas que foram casas,
e hoje um pedacinho
e som do mar..

Semear os sonhos do coração,
a vida que o sol aquece,
que brota as esperanças,
a gratidão do Ser..


Aline Barcelos

**** União
Lindo de ver as sementes danças,
um ballet de mãos, sintonia, silêncio, harmonia e gratidão..

sexta-feira, 5 de setembro de 2014

S

sim
sincronia
sorriso
sinceridade
sonho
sentir
semear
ser
sintonia
soma 
semente
seguir


Aline Barcelos

Prefiro terminar só a desistir de viver o amor que eu acredito..

Aline Barcelos



terça-feira, 2 de setembro de 2014

Agosto

A gosto de Deus minha vida muda,
transforma,
choro, 
acordo,
durmo,
sumo também..

Aline Barcelos
Esticar
Enrolar
Tentar deixar no capricho..
A perfeição não existe e tentar alcança-la é perder a beleza de realizar.
Fazer nos traz plenitude apesar dos cortes tortos, enrugados e expectativas que não foram bem alcançadas.

quarta-feira, 27 de agosto de 2014

Engula as esperanças

Engula as esperanças, é o que resume o fim da história.
Não mais as onze o relógio desperta para dormir de novo em paz,
não mais animais para acalmar e fazer sorrir..
Não mais "tá tudo bem" para ficar tudo bem..
Não mais as mãos esticadas ao amanhecer para tocar e dizer estou aqui..
Não mais fazer amor rindo...
Não mais as janelas sobem me trazendo as boas novas..
Não mais consigo fazer o velho trajeto..
Não mais Liberdade, só a liberdade de não saber o que fazer...
Não mais as mãos nas costas no ponto certo para fazer o ar correr...
Não mais o insistir para ter minutos e horas infinitas..
Não mais domingos recheados de chantilly, tortinhas de morango, beijos de açai..
Não mais encaixar o rosto nas costas, naquele encaixe quase perfeito para meu rosto...
Não mais sonhos divididos, sonhos guardados, sonhos revelados..
Não mais eu te ajudo e você me ajuda...
Não mais perguntas, não mais shows, não mais...
Não mais tardes perfeitas,
Não mais banhos e corredores para correr do frio...
Não mais promessas de filmes, promessas de ficar acordada, não mais suspiros..
Me resta lágrimas e o sol para curar..
tempo..
chuva..
tempo..
sol...

Não mais..sem mais..

ALine Barcelos

segunda-feira, 25 de agosto de 2014

Não sei de tudo...

Não sei de tudo..
Não sei esperar, quando eu sei que devo esperar..
Não sei fingir a minha dor quando devo esperar....
Não sei negar minha pressa para que essa dor passe, sei que devo esperar...
Não sei conter as minhas lágrimas, elas apressam para a dor passar, é, tenho que esperar..
Não sei ser inteira com lágrimas apressadas por conta da dor, que teima não esperar...
Não sei ser metade quando inteira quero ser e as lágrimas e a pressa que doem pela ânsia de não esperar...
Não sei ser qualquer coisa se metade não suporto, e inteira não finjo ser e bem depressa as lágrimas na pressa não deixa a dor de lado e eu esperar...
Não sei olhar para o escuro e fingir qualquer coisa que nos cacos e na metade nunca virou inteira por lágrimas que correm na pressa da dor que eu tenho por não esperar...
Não sei de tudo só sei voar no escuro, e batendo nas paredes, viro metade do inteiro que era, lágrimas choram com a pressa da dor que não quer nunca esperar...
Não sei ser pedra, quero voar mesmo escuro lá, sendo metade ou inteira,com lágrimas, com pressa., com dor, ainda assim não sei esperar...
Não sei do tempo, que parece pedra, que não sabe voar, deixa tudo no escuro, na metade, e minutos inteiros com lágrimas nas pressas pela dor que não sabe esperar...
Não sei de tudo, o tempo empedra, voar, escuro, metade, inteiro, lágrimas, pressa, dor, que não sabem esperar..

quinta-feira, 21 de agosto de 2014

Mãos em questão

criam e desfazem os nós

Aline Barcelos
A alma acorda mesmo quando o pôr do sol já está no céu.
Há alma na lua, luz no sonho.
A infância encoberta pelo humano, a essência querendo gritar amor.
A canção no rádio diz, "que os olhos enchem d 'água", porque ainda há amor.
Pés descalços, com a pureza de uma pena, o tempo levará ao meu lugar, que aqui já existe.


Aline Barcelos
2014

terça-feira, 19 de agosto de 2014

tempo

Só preciso de um tempo
um tempo do mundo
um tempo de tudo
um tempo mudo
Só preciso de um tempo
um tempo de louco
um tempo com pouco
um tempo solto
Só preciso de um tempo
um tempo sentido
um tempo contigo
um tempo comigo
um tempo amigo
Só preciso de um tempo
um tempo com o mato
um tempo descalço
um tempo calmo
um tempo no alto
só um tempo eu preciso



quinta-feira, 24 de julho de 2014


A arte de ser felizHouve um tempo em que minha janela se abria
sobre uma cidade que parecia ser feita de giz.
Perto da janela havia um pequeno jardim quase seco.
Era uma época de estiagem, de terra esfarelada,
e o jardim parecia morto.
Mas todas as manhãs vinha um pobre com um balde,
e, em silêncio, ia atirando com a mão umas gotas de água sobre as plantas.
Não era uma rega: era uma espécie de aspersão ritual, para que o jardim não morresse.
E eu olhava para as plantas, para o homem, para as gotas de água que caíam de seus dedos magros e meu coração ficava completamente feliz.
Às vezes abro a janela e encontro o jasmineiro em flor.
Outras vezes encontro nuvens espessas.
Avisto crianças que vão para a escola.
Pardais que pulam pelo muro.
Gatos que abrem e fecham os olhos, sonhando com pardais.
Borboletas brancas, duas a duas, como refletidas no espelho do ar.
Marimbondos que sempre me parecem personagens de Lope de Vega.
Ás vezes, um galo canta.
Às vezes, um avião passa.
Tudo está certo, no seu lugar, cumprindo o seu destino.
E eu me sinto completamente feliz.
Mas, quando falo dessas pequenas felicidades certas,
que estão diante de cada janela, uns dizem que essas coisas não existem,
outros que só existem diante das minhas janelas, e outros,
finalmente, que é preciso aprender a olhar, para poder vê-las assim.

Cecília Meireles.

sexta-feira, 18 de julho de 2014

olhar

Assim tão irreconhecíveis no meio de tantos encontrei com os teus olhos.
Olho para ti e reconheço de longe 
Olhos tão meus que nem sei quando foi quando eu os perdi
Tive esse olhar por segundos, que me lembraram a eternidade.
Olhos teus que não me revelaram quem tu és,
 que como assaltantes armados me fizeram entregar todo o ouro, abrir todos os cofres em cada piscada seca a me mirar. Sorriso não pude esconder, e lhe dei. Tentei defender o que me restava, e me restou descobrir quem tu eras, o que existe de tão misterioso nessa nuvem de segundos que nos encontramos em silêncio secreto. Deixemos de vagar sobre, porque devagar o tempo se arrasta para quem sabe encontrá-los de novo.

Aline Barcelos


quarta-feira, 16 de julho de 2014

Sol e chuva
casamento de viúva
Chuva e sol
Casamento de espanhol
E quando o sol encontra a lua de manhã no mesmo céu?
É amor!

Aline Barcelos


segunda-feira, 14 de julho de 2014

A proteção da Arte

A arte me protege de qualquer desvio
De qualquer carga que possa carregar
Ela me purifica
Me tira da terra desumana
Me faz faz ver o belo 
Mesmo com o sangue correndo 
Quando começo a esfolar meu ser de tanta coisa a me bater
Vem a poesia e grita,
Aleluia!
Me faz correr daqui da realidade para um mundo de tempo zen, calmo e utópico
Quando não posso fugir de um lugar,
vou para o meu dentro de notas, sol e fá
Claves e letras de cura..
Milton, Gonzaguinha e Vercilo
Músicas e canções são orações de proteção para não ficar em em vão, em trabalhos vãos e espinhosos 
Arte me revela e me guarda de um mundo de palavras bélicas
De sentimentos descartáveis
Me protejo em cores, linhas e paletas
De existência apenas de corpos
Desse deserto de almas
Nesse descarte de tempo 
De olhos fechados e bocas abertas
Arte em concerto me conserta os ponteiros
E me faz viver de amor e flor, aqui
Em lugar de pedras e galhos..
Para todas as cores..
Amém!

A minha "brisa" é a poesia!


Aline Barcelos



quarta-feira, 9 de julho de 2014

terça-feira, 8 de julho de 2014

Pode-se?

Querer mais não é poder.
Poder é podar!
Podar o que se pode é pesar as penas
Que pena!.
Pena é fazer muralha com o tempo.
Cadê o tempo?
Do tempo fazer vida é a utopia que quero viver.
Viver!
Viver é querer sorrir no vão da distração.
Distração?
Distração é o que agonia dá espaço.
Sem espaço!
Espaço é o que quero diminuir entre nós.
Nós em nós...
Nós é o que queremos desatar, mas..
Mais de nós não podemos!
Poder?

Aline Barcelos

Minguante

Minguada
Assustada
Acuada
Precisando ficar em paz
Nesse tempo de turbilhões hormonais

Aline Barcelos


segunda-feira, 23 de junho de 2014

compaixão só é boa com paixão

Ando pensando e repensando a compaixão, sentimento tão nobre e tão escasso no mundo imundo.
Pessoas tão longe de um gesto humano, desumano por ser tão desconectado de si..
Pessoas que não conseguem se colocar no lugar do outro, pessoas que demonstram em suas atitudes o quão pequena são. Talvez nunca pararam para pensar porque estão aqui nesse lugar. 


Gelada

sinto frio, não é de frio, o vento esfria a pele, mas esse silêncio congela a alma..
alma que não vê nada, apertada ao cinto, ao que sinto e ao que deixo de sentir,
 sem ar, sem sol, sem luz..
acorrentada ao ar, pesada como troncos
sem sentido e direção
duras palavras escritas aqui,
mas, duros são os espinhos da rosa que colhi...
São mais doidos que a beleza da rosa..
nem rosa, nem vermelho, só murcha
pétalas caídas
Sem cor
Sem coração
Sem pulsação..
Atrás da vidraça
Sem graça
Escorrendo o suor dos olhos da alma congelada
Frio
Esfria
Gelada

Aline Barcelos



quarta-feira, 16 de abril de 2014

Para fora e para dentro, movimento constante.

Acordo alguns dias tanto para fora, doar, doar, adorar, mostrar. Saio multiplicando botões de rosas querendo vê-los virando perfumadas e lindas flores. São quadros, tintas para pincelar o céu.
Saio a distribuir sorrisos, olhar para o mundo.
De tanto para fora, palavras e poesias o mundo gira.
E de repente paro, canso, ajoelho e me jogo aos meus próprios pés e peço alimento para mim mesma, é hora de olhar para dentro, fechar meus olhos e buscar o inverso. O meu inverno precisa de calor, de leitura, de filmes, orações, olhos para o horizonte. 
Um dia e noite sem fim, introspecção e logo a primevera brota de novo, hora de espalhar as pétalas e voltar para o mundo, para as telas em branco esperando um respingo de tinta.
Assim caminho dia a dia, lado a lado, solidão e parceria., sorrisos e calmaria.
Palavras dispersas e palavras silenciadas.
Um dia acordo e outro adormeço!


Aline Barcelos

www.alinebarcelos.com.br

sexta-feira, 4 de abril de 2014

não desisto
grito 
preciso
arrisco
pisco
risco
isto
eu insisto

.
.
.
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 Aline Barcelos 
www.alinebarcelos.com.br




segunda-feira, 31 de março de 2014

Transformou
Lagarta se foi
Arrastando,  
Sem querer,
Adormeceu
Borboleta colorida acordou!



Aline Barcelos
www.alinebarcelos.com.br


quarta-feira, 19 de março de 2014

Sim, aqui

Cheiro de chuva vindo de lá
terra molhada e árvores felizes  é esse o aroma que céu traz
A quietude do silêncio é feliz
a mensagem de paz é o que sinto com a brisa no meu rosto
Certeza e esperança chegam,
medo e escuridão se vão..
Carinho na pele,
sorriso discreto,
semblante leve
assim
sim
aqui
.
.
.
.
Aline Barcelos
2014 



domingo, 16 de março de 2014

Lua Cheia




Lua cheia na janela

feminino e masculino presentes em uma só luz
A escuridão se sente intimidada,
porque na valsa do amor a luz cala qualquer breu
Masculino sol se encanta com a sua intereza
Feminina lua dança com bandolins
Pela valsa da meia noite
tudo se põe a prova
Masculino e feminino no encontro total
Os minutos se eternizam
O sonho é real
Não há relógio para quem espera e nem para quem quer ficar
Lua cheia
O sol fica encantado com tanta energia
Todos amantes se inspiram para o amor eternizar

Inspiração para meias palavras e sentimentos completos
@line Barcelos


quinta-feira, 13 de março de 2014

Meu Lugar

Sempre precisei achar um lugar no mundo para conseguir me conectar com a vida.
Pequena ainda no telhado comendo pitanga, longe do chão, mais perto do infinito, entre uma frutinha e outra encontrava meu silêncio. Achava naquele lugar um tempo sem minutos, um céu infinito, uma presença de preencher qualquer poço vazio.
Ainda pequena quando não haviam motivos frutíferos para estar lá em cima, sentava na minha janela quando todos dormiam. Via uma cidade piscante, faróis de carro e sinais a trocar de cores naquele breu. Na minha visão apenas um corredor entre as casas para encontrar as cores noturnas. Naquele silêncio esplendido, de luzes a brilhar, minha alma conversava comigo, dizia coisas que acalmavam meu coração infantil, que tinha medo de crescer.
O tempo foi passando e minha vida foi crescendo. Crescendo de falta de tempo, crescendo de lugares para ir, mas sem nenhum destino para chegar e contemplar a minha alma.
E onde eu fui parar?
Não sei onde eu fui, sei que precisei caminhar por entre as sombras que eu mesma construí, pular barreiras que eu mesma levantei, tirar as pedras que eu mesma permiti que me atirassem.
Nesse terror noturno interno, sem farol para me guiar, sem luz e céu para me orientar, nessa falta de ar forcei meus pulmões e passei a destampar meus poros e consumir novamente a minha própria energia, água, ar, pureza, luz.
Essa luz iluminou o meu lugar fez eu entender que esse meu lugar é sutil, e de muito mais estado de ser do que de tato.
 E quando me peguei de novo nas mãos descobri esse enorme universo.
De pés descalços, ar puro nos pulmões, lua ou sol tanto faz, o meu lugar é uma árvore hoje, uma gramado ainda gelado da chuva do dia anterior. Os passos trocados até a padaria, a minha cama iluminada por uma vela do meu altar, vidraça cintilante da garoa também são meus lugares.
O sol da manhã bem leve aquecendo minhas mãos enquanto eu dirijo. Pés colados sentido o outro corpo a pulsar, respiração compassada, tintas espalhadas a meia luz e alma espelhada no papel, também são meus lugares.
Meu lugar é tão próximo a Unidade que transbordo por dentro e desprezo aquilo que pouco causa, que não transmite, que não transparece.
Simplicidade toca, toca a alma!


Aline Barcelos 
2014

terça-feira, 25 de fevereiro de 2014

Amor inocente


A gente conquista um coração de mansinho,
não é falando alto, 
é bem baixinho.
Chegando no passo da valsa,
como da onça e do gatinho..
Olha de rabo de olho,
encostando os dedos nas mãos bem de levinho..
A cabeça no ombro,
palavras curtinhas
No abraço se aconchegando,
com vergonha e timidez
mas, devagar soltando o ar,
para não assustar...
pequenina
pequenino
é assim quando começa amar..




 Aline Barcelos
2014

quarta-feira, 19 de fevereiro de 2014

Carta ao infinito...

Escutei dizer, que tu é o Deus mais bonito. Sei que tudo em ti deve ser incrível, porque tenho a sensação sempre que olho para o céu, que nada pode ser mais pleno que tu.
Imagine ter infinitamente a possibilidade de amar sem fim? De poder abrir os olhos e receber o que há de melhor que é o amor sem fronteiras, sem barreiras? Amor infinito, será tu o amor mais bonito?
Aquele amor sem tempo para ser vivido, amor que não tem vergonha de dizer, de sentir e ter prazer.
Prazer infinito..
Ah, infinita deve ser as cores que tu tens, tons imagináveis, na infinita possibilidade de colorir a palavra ternura. Palavra mais completa, palavra mais doce deve ser essa acompanhada de tu, Deus Infinito.A infinita ternura, deve ser macia, doce, rosa e delicada com uma flor. Infinito deve ser o prazer de sentir tudo isso sem enjoar.
Senhor tão belo, tão distante dos meus olhos, mas tão presente dentro de mim.
Imagino te estrelas, imagino te imensidão.
Infinito quero assim, me espelhar em ti ..
Assim, nessa utopia me despeço, em beijos e abraços de céu e mar juntos!


Pequeno Grão de Areia



Aline Barcelos
2014




sexta-feira, 14 de fevereiro de 2014

Como diz, Oswaldo Montenegro, " Que essa vontade de ir embora, se transforme na calma e na paz que eu mereço, que essa tensão que me corrói por dentro seja recompensada, porque metade de mim é o que penso e a outra metade é um vulcão"..


Olhar de outro olhar

AS VEZES, NADA MAIS PRECISO DO QUE MUDAR O MEU OLHAR, MUDAR O ANGULO, A POSIÇÕES E ENXERGAR OUTRAS OPORTUNIDADES, OUTRAS DIMENSÕES. 
A ARTE POSSIBILITA ESSE NOVO OLHAR. 
E DEPOIS DA ARTE, VAMOS PARAR NA VIDA.
HOJE, QUANDO MINHA MENTE, MENTE, TIRO FOTOGRAFIA, E VEJO COM OUTRO OLHAR.. 

ALINE BARCELOS