quarta-feira, 11 de novembro de 2015

Universo

Universo
verso, une
Disperso se junta,
se fecha,
flecha.
Mundos, vozes, sons, versos, om e tons
Tons e tons de cores
Amores, flores
Verso une
Espelha, se assemelha, se olha,
Se expressa,
dança, balança, com muita valsa.
Une os versos
 Universo


Aline Barcelos 
10-11-15

terça-feira, 27 de outubro de 2015

Escrevia tanto, 
o quanto queria, 
até poesia.
Até que tudo sumiu,
nem rio,
nem pio.
Chorei um mar que até secou,
palavras, matas, sonhos, chão.
Precisei de mim,
enfim,
emoções serem despejadas.
Abrir as comportas,
para ir embora.
Ah, palavras brotaram,
sorrisos floriram.
A sorte voltou..
Poesia saiu


 24.10.15

sexta-feira, 29 de maio de 2015

Flor, Fluir

Na estrada o vento passa,
 as folhas crescem
 tudo muda,
tudo flui,
 tudo vem,
 tudo vai ,
cai ,
levanta,
anda ,
deita .
Só as pedras ficam
e não fazem nada por si ...
Elas esperam que o tempo não as toque,
demoram a ser,
ficam estacionadas esperando a chuva amolecer,
O vento as desmanchar para transformar naquilo  que quis ser. 
Espera os terremotos para mudarem de posição e acordarem.
O que é vivo não permanece estático,
 quer luz,
 água,
 flor e ar,
 nadar,
 amar,
 errar,
 brincar,
 pedir desculpas,
 sonhar.
 Quer ser aquilo que é,
 solto,
 tonto,
 bobo,
 louco..
 Deixa eu ir,
porque eu flui,
fui lá
 fluida
 flor
Aline Barcelos

terça-feira, 26 de maio de 2015

Triste fim

Viagem no tempo, além do tempo, onde a fogueira era a luz, o silêncio era grnade, era o vento a música das montanhas. Era o fiar que aquecia a todos naquele tempo. Era mágica a energia e cumplicidade daquele grupo.
Fumaças saiam das casas, a aldeia era linda, florida de vermelho, mas todos se guardavam em casa a comer teus pães e beber teus chás para passar o frio e a esperar passar o inverno do lugar.
Era tempo de recolhimento. A saída era uma aventura congelante e libertadora.
No alto a boca rachava, as mãos tremiam, as pernas ardiam e o coração batia forte tentando aquecer o corpo e alma.A saudade era grande vendo o horizonte. Saudade dela da doce e amada, que foi tão cedo para longe, sem volta. E a vida seguia doida de gelo, de vazio e solidão. A mensagem para ela era pelo vento, e a volta como o sol de verão, era uma esperança minha para a alma e a vida mudar.
Mas, ela nunca voltou, o verão sim, mas meu calor continuou a ser magro e pequeno, como minha vida até o fim. E fim era ali naquela montanha, por saudade resolvi voar até ela. De lá eu caí por querer,, "até breve" eu falei para a minha amada.

01-maio-15
Feltragem
Rio de Janeiro

Por um tempo ainda senti as dores dessa lembrança, dessa saudade que ficou em mim. Por um tempo ainda senti teu cheiro, mesmo em espirito, ainda senti o que você me deixou. O perfume dos teus cabelos, as tuas mãos leves em meu pescoço, o teu corpo nu e teus seios ainda no meu peito.
Saudade ficou gravada em minha alma, e essa busca um dia é o céu que vai dar um fim.
Desejo por toda essa dor, a eternidade ao teu lado, teu sorriso, a tua volta, teu calor.
Minhas costas ainda doem do voo que não te encontrei, de costas cai naquele vale profundo. Olhando para o infinito na espera de te encontrar novamente.

terça-feira, 6 de janeiro de 2015

Alto preço

Vejamos
Quem és tu?
Quem sou eu?
Pagamos alto com a mesma moeda..
Sai caro para mim,
e dá um prejuízo danado para você..
Eu finjo,
tu engana..
O tempo fica jogado,
a alma largada
o sentido perdido..
Na lama


Aline Barcelos

sexta-feira, 2 de janeiro de 2015

Essa criança

Essa criança que mora dentro de mim nunca irá crescer,
corro, olho com inocência, percebo flores pequenas, cores cintilando por ai..
Formas em nuvens, desenhos em azulejos,
Amor puro...
Essa criança me faz calafrios no escuro,
me da coragem para pular o muro..
Vontade de comer fruta da árvore,
de me esconder atrás da cortina,
de trocar a voz no telefone..
Essa criança sonha com o amor real,
ainda suspira vendo na janela vendo o pôr do sol.
Essa criança adora cheiro de giz, cores, dedos sujos de tinta
e tem preguiça de desembaraçar os cabelos..
Ainda tenho as unhas ruídas, preguiça de coisa de adulto, sem vontade de crescer.
Essa criança me dá trabalho, mas é a melhor coisa que está em mim..

2015... primeiras palavras desse ano que acaba de nascer!


Estilhaços

Estilhaços, nós, cacos mil
Pedaços por aí,, lugares, pessoas, amores
Estilhaçados somos.
Pedaços sem endereço,
Perdidos em "ois" e "porquês?"
Estilhaços meu peito não compreende
Se apega em um caco,
em uma palavra velha,
Em um tempo perdido,
em um ponteiro estacionado na minha saudade torta...
Estilhaçada por saber que não há volta, nessa estrada s´há caminho de ida;
Pedaços de espelho, olhos, pernas, sentido, estrelas.
Sento e olho, olhar perdido, cacos, metades, vazio é inteiro.

-----------------------------------Aline Barcelos ---------------------------------------------------------------