quinta-feira, 20 de setembro de 2012

Mais da mesma...



Por dentro um mar, às vezes sereno, às vezes revolto..
Muitas vezes distante do continente, querendo descobrir de qual tribo pertence..
Quando presente na Terra, penso que mundo certo é esse? Prefiro viver em meu presente interior, na minha tribo que acredito encontrar em algum lugar. Pessoas que valorizam o primitivo, que valorizem o principio, o tudo, o todo.
Platônica? Ideias? Ideal? Talvez queira apenas bancar a minha liberdade, valorizar os sentidos, os desejos, a intuição, o simples, o meu real.
Sou de uma tribo que chora ao ver um ipê forrando a calçada de amarelo, de pensar em um amor como no quando, O Beijo, de Klimt. Que fica nervosa, e ansiosa e sente apertada e aliviada ao colocar os pés na terra. De uma tribo que consegue sentir o cheiro da manhã, e adora acordar cedo para isso.
Me sinto fora desse mundo correto, dessa tela quadrada, dessa falta de movimento corporal. Onde a vida é a mente, não se sente, não se toca, não se enxerga. Mundo dito normal, sem cor, sem sal, cheirando a sangue e suor por nada.
Minha tribo se revolta contra esse mundo real, quer mais animal, mais planta e sol. Amor perfeito pelas janelas, Maria sem vergonhas nas praças colorindo os canteiros, ou zombando dos casais mudos. Tribalistas que querem mais é mangueiras, figueiras nas ruas. Que acreditam nos Deuses presentes em cada gota de chuva, em cada querido assovio do vento no ouvido.
Quando esse povo que se diz sócio olham para mim, me vem assim, como uma criança que parece que não tem apreço pelo mundo sério. Que quer brincar e sorrir com tudo. Sou assim sim, prefiro assim, levar a vida mais à toa, mais louca, mais feliz.Valorizo meus sentimentos, minha raiva, a dor, tudo que em mim passa. Me dou o direito de sentir isso. Só reconhecendo cada fato, sentimento, me faço plena.
E é nessa caminhada, querendo ver flores, verde e cores é que talvez que quem sabe eu encontre mais gente da minha tribo por ai, também aqui, na Terra, no real,não só no mundo meu mundo e no mundo  Platão.

segunda-feira, 10 de setembro de 2012

O meu lugar

É um lugar de paz,
onde o sorriso é o silêncio..
Quando entro nesse espaço,
fora do tempo, posso sentir
a presença do meu anjo..
Quando estou nesse caminho,
sei como é ser uma alma..
Algo leve e puro,
É uma troca que restabelece
minhas forças, minha fé..
tira meus medos..
Esse lugar me transcende
é fora dessa casa chamada, corpo
É nessa estrada que sei que
posso acalmar a minha mente..
porque sei que tudo aqui é ilusão,
e lá é real



Aline Barcelos
06/09/12

terça-feira, 4 de setembro de 2012

Lenço

A sorte é de respirar,
de viver e poder contemplar 
a leveza de ser você,
de olhar o mundo transparente
e poder colorir com o seu olhar..
Que maravilha dançar, estar e ser..
Peceber o su inteiro,
seu presente,
o quanto é essencial...
Nem fui,
nem vou ser...
Eu sou!
Um agora de cada vez!

Aline Barcelos
21/08

Saudade...


A flor está presente,
mas, com uma saudade desconhecida.
Saudade de um campo que não recorda ter ido..
Uma saudade de um tempo que não viveu..
É algo vasto e curioso..
Um aperto sem explicação racional..
Saudades do além? De alguém?
Sem nome e endereço, para ser mais exato..

4/09/2012