segunda-feira, 23 de junho de 2014

Gelada

sinto frio, não é de frio, o vento esfria a pele, mas esse silêncio congela a alma..
alma que não vê nada, apertada ao cinto, ao que sinto e ao que deixo de sentir,
 sem ar, sem sol, sem luz..
acorrentada ao ar, pesada como troncos
sem sentido e direção
duras palavras escritas aqui,
mas, duros são os espinhos da rosa que colhi...
São mais doidos que a beleza da rosa..
nem rosa, nem vermelho, só murcha
pétalas caídas
Sem cor
Sem coração
Sem pulsação..
Atrás da vidraça
Sem graça
Escorrendo o suor dos olhos da alma congelada
Frio
Esfria
Gelada

Aline Barcelos



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